quinta-feira, 7 de julho de 2011

UM GUIA PARA ESCOLHER TAPETES

Dada a enorme variedade de opções disponíveis, escolher tapetes para a sua casa pode ser um desafio tão grande como decidir o mobiliário para um quarto de casal ou eleger um sofá para a sala.
Com etiquetas de preços bastante dispares, fabricados artesanal ou industrialmente, assinados por uma conceituada marca ou designer, há que decidir ainda material, textura, tamanho, formato, cor, quantidade, com ou sem padrão. Passo a passo, este guia vai ajudá-lo a cobrir o chão da sua casa com muito estilo e conforto.

Decoração vs. Função

Para além de puramente decorativos – enquanto verdadeiras “obras de arte” conferem vida instantânea a qualquer espaço, sendo ainda um bom ponto de partida para começar a decorar uma divisão – os tapetes têm várias funções práticas: aquecem e são aconchegantes, escondem eventuais defeitos no chão, abafam ruído, protegem o chão de riscos, são fáceis de armazenar (ocupando pouco espaço), de transportar para outra divisão ou outra casa, na hora da mudança.

Chão de eleição

O local onde o tapete é destinado vai influenciar muito a sua escolha, ou seja, cada chão deve ser vestido conforme a utilização do espaço em questão. Colocar um tapete persa muito caro no quarto de brincar da pequenada não será o mais indicado; o mesmo se pode dizer, por exemplo, sobre um tapete com pêlo na cozinha. Idealmente, para locais como a cozinha ou a casa de banho – que têm grande movimento e sujam-se facilmente – deve escolher tapetes de fácil manutenção, ou seja, que podem ser lavados na máquina e pouco grossos, para secarem depressa.

Formatar os tapetes

Para além dos tradicionais tapetes quadrados e rectangulares, os tapetes redondos e ovais têm ganha cada vez mais destaque enquanto peça de decoração que, estrategicamente pousada no chão, tem um resultado surpreendente. Igualmente inovadores são os runners, tapetes estreitos e compridos para animar espaços mais comprimidos. Experimente vestir o seu chão com formatos originais!

Cores no chão

Elemento chave de qualquer ambiente, as cores dos tapetes devem estar de acordo com a restante decoração, ou seja, devem conter pelo menos uma das cores neutras presentes nas paredes ou nos têxteis da divisão. Obviamente que, dependendo da sua localização, os tapetes claros vão sujar-se mais fácil e frequentemente do que tapetes escuros e isto é importante ter em conta uma vez que os tapetes nem sempre são práticos, nem baratos de limpar. No entanto, a opção por determinado tom tem ainda outras vantagens: um tapete escuro pode funcionar como um excelente ponto focal, ora num espaço de grandes dimensões, ora num espaço com detalhes arquitectónicos menos agradáveis; um tapete claro, por sua vez, cria a ilusão de espaço.

Padrões perfeitos

Tapetes com padrões são uma delícia para qualquer chão – não tenha receio de escolher tapetes padronizados (geométricos, orientais, florais) em vez de lisos ou então de combinar os dois. No entanto, o ideal é não ultrapassar os dois padrões por divisão e, mesmo assim, é necessário criar um equilíbrio estético: se o sofá tiver um pequeno padrão floral, pode optar por um tapete com um padrão maior; se as cortinas ou outros têxteis ostentarem padrões de grandes dimensões, o padrão do tapete deve ser menor. Por outro lado, um tapete com um desenho central só funcionará num espaço onde a mobília pode estar disposta em torno do mesmo ou sob uma mesa de vidro, por exemplo. A escolha de determinado padrão também tem outras particularidades: um tapete com riscas horizontais vai fazer uma divisão estreita parecer mais larga.

Dimensões & Quantidade

Actualmente, não é difícil adquirir um tapete com medidas personalizadas, no entanto, saiba que para determinar o tamanho máximo que um tapete possa ter numa determinada divisão, deve existir pelo menos 91 cm em toda a volta, criando assim uma espécie de moldura entre o tapete e as paredes. No caso da sala de jantar, certifique-se que o tapete é maior que a mesa, para que as respectivas cadeiras possam repousar sobre ele, mesmo quando puxadas para trás. Por exemplo, uma mesa para 12 pessoas requer um tapete de, pelo menos 4 x 3 metros, enquanto uma mesa para 8-10 pessoas já pede um tapete mais pequeno (3 x 2,5 metros). Em termos de quantidade, dois ou mais tapetes numa única divisão são perfeitos para criar espaços distintos (sala de estar e sala de jantar quando estão na mesma divisão; espaço de dormir e espaço de trabalho no quarto de um adolescente, por exemplo), para definir as áreas de passagem e agrupar diferentes peças de mobília que possam parecer dispersas. 

Tendências

Embora não existam modelos certos e errados, mas sim tapetes clássicos e contemporâneos, a verdade é que também estas peças decorativas são alvo das tendências e as actuais apontam para:
  • Tapetes de feltro
  • Tapetes produzidos com materiais naturais
  • Tapetes com texturas profundas e apelativas ao toque (de pés e mãos)
  • Cores sóbrias, mas padrões vivos (geométricos e tradicionais)
  • Tapetes com formatos irregulares
  • Tapetes com fibras acetinadas para um brilho espectacular vindo do chão
  • Tapetes de sisal (com novas texturas, padrões e bordas coloridas)
  • Tapetes finos
  • Menos uso dos tapetes com pêlo e/ou despenteados

SOFAS


 O sofá é uma das peças de mobiliário que mais uso tem numa casa e, apesar do seu trânsito intenso, é o refúgio de todos num final de dia e o ponto de convívio quando recebe visitas.
 Além disso, é o maior elemento da sala, ou seja, aquele que muitas vezes define toda a decoração desse espaço. A escolha do sofá perfeito não é tarefa fácil, mas se investir algum tempo para o fazer, ganhará um sofá irresistível, de      elevada qualidade e para muitos anos!

Orçamento & Pré-requisitos

  • A busca do sofá perfeito tem muito que se lhe diga, não fosse este o rei da sala e sinónimo de elevado investimento! Faça uma lista dos seus pré-requisitos: quer um sofá pequeno, médio ou grande? Com ou sem sofá-cama? Com ou sem estrutura à vista? De que cor? De tecido ou de pele? Com ou sem padrão? Tem crianças em casa? Vai ser um sofá formal ou informal?
  • Dentro da gama que pretende, estabeleça um orçamento realista e que lhe garanta a melhor relação preço-qualidade. A verdade é que existem preços para todas as carteiras, mas nem sempre todos os sofás lhe vão “encher as medidas” – o ideal é escolher um sofá com o qual possa envelhecer, ou seja, que daqui a alguns anos vai querer estofar e não deitar fora!

A medida certa

  • Tirar medidas ao espaço disponível para acolher um sofá é fundamental e pode ajudá-lo a decidir muita coisa! Aproveite um dos truques dos decoradores: utilize lençóis estendidos no chão para ter uma noção mais real do espaço que o sofá vai poder ou não ocupar! Procure um equilíbrio: não vai querer um sofá gigante que ocupe toda a sala e dificulte a própria passagem das pessoas, nem um tão pequeno que fique “perdido” na divisão. Agora todo este trabalho terá sido em vão se, no dia da entrega, verificar que o sofá nem sequer passa na porta de casa! Não se esqueça de certificar as alturas, larguras e comprimentos máximos de portas, elevadores e escadas!
  • Por norma, os sofás simples e rectos ficam bem em qualquer área; no entanto, um sofá com pernas e braços mais finos dá a ilusão de uma sala menos “cheia” (o que é bom para espaços pequenos), enquanto um sofá que vá até ao chão terá um visual mais “pesado”, sendo o ideal para preencher uma divisão mais ampla. Os gostos são pessoais, mas para que não comece a ver o seu sofá como um intruso em muito pouco tempo, pondere todas as possiblidades!

Raio-X ao sofá

Para assegurar que a sua compra seja confortável e duradoura, terá de ver o sofá à lupa e ao raio-x. Não deixe nada ao acaso:
  • Estrutura – esta deve ser preferencialmente de madeira (fuja dos contraplacados, plásticos e metais!), tem de ser sólida e incluir pés; pode testar a sua robustez fazendo o seguinte: ao levantar uma das esquinas da parte da frente do sofá cerca de 15 cm, a outra perna da frente também tem de se levantar, se não aconteceu, a estrutura é demasiada frágil.
  • Juntas – apenas são permitidas as de madeira ou metal, ou seja, nada de pregos, agrafos e colas.
  • Molas – são imprescindíveis e devem estar juntas e bem apertadas. Prefira os modelos que tenham 5 ou 6 filas de molas por almofada, em vez daqueles mais baratos (e fracos!) que dispõem de apenas 2 ou 3 filas por almofada. Se quando se sentar ouvir um pequeno estalo que seja, esqueça!
  • Enchimento – as melhores opções são a espuma de alta resistência que incorpora penas ou a espuma de poliuretano, para um maior conforto e para um sofá que não fique desfigurado em pouco tempo! Aperte os braços e as costas do sofá, quanto menos estrutura sentir, melhor. Certifique que as almofadas encaixam perfeitamente na estrutura, ou seja, não saem fora, nem permitem folgas entre as restantes almofadas. As costuras, feitios e saias também devem estar alinhadas e lisas.

Cores & Texturas

  • A parte mais divertida de escolher um sofá, mas também a mais difícil, prende-se com as cores e as texturas. O ideal será sempre optar por um sofá conservador, intemporal e que sobreviverá à passagem de todas as tendências. Os tons neutros são, assim, os mais práticos e permitem uma conjugação mais fácil com a restante decoração, podendo adicionar apontamentos de cor através de almofadas e mantas, por exemplo. Se a divisão que vai receber o sofá é pequena e não tem muita luz natural, serão mais duas razões para escolher um sofá mais claro.  
  • No entanto, há quem não resista a uma vida colorida e um sofá vermelho, verde ou azul, por exemplo, resultará melhor numa divisão ampla, com peças complementares e não igualmente fortes. Tenha especial cuidado na escolha de sofás com padrões – para além de ser muito fácil ver quando já estiver fora de moda, há que prestar ainda particular atenção à simetria dos padrões, no sentido horizontal e vertical. Mas têm uma vantagem: são excelentes para disfarçar nódoas, o que é perfeito para quem tem crianças!
  • A escolha do tecido é crucial – o algodão e o linho são óptimos, mas são tecidos que ficam facilmente presos a tudo e mais alguma coisa; os sintéticos e micro fibras são uma boa opção e mais resistentes às nódoas que os anteriores; as fibras naturais e sintéticas poderão parecer velhas em pouco tempo; a lã e a pele são extremamente fortes, mas também são as mais caras; a seda é lindíssima mas muito frágil. Cada opção tem as suas vantagens e desvantagens, procure o meio-termo ideal para a sua casa e para o seu estilo de vida.

Sente-se à vontade…

  • Em último, o mais importante: experimentar o sofá! Pode ser o sofá mais lindo ou mais económico do mundo, mas o que interessa isso se não for confortável? Perca a vergonha e sente-se ou deite-se no sofá da mesma forma que faria em casa (mas tenha o cuidado de retirar os sapatos)… se não, como é que vai saber que é este?
  • Recomenda-se pelo menos 15 minutos de test drive, para verificar bem se gosta das almofadas duras ou fofas, se quer que os pés toquem no chão quando estiver sentado, se gosta de braços altos para se poder encostar ou braços baixos para servirem de almofada durante as sestas, para sentir o apoio de costas e certificar-se que não tem dificulades em levantar-se, ou seja, para se sentir bem! Pode estar toda a gente a olhar, mas é melhor ter a certeza na loja, do que a incerteza em casa!